Fonte original: BondeNews – Saúde / Corpo & Mente (08/01/2019)
Referência técnica: Saulo Nardy Nader, neurologista (conhecido como “Dr. Tontura”).
O neurologista Dr. Saulo Nardy Nader afirma que sim — problemas emocionais como estresse e ansiedade podem sim desencadear tontura. Ele explica que existe um quadro chamado “vertigem fóbica”, no qual o sistema vestibular (formado pelos labirintos do ouvido interno e pelo nervo que leva informações ao cérebro sobre equilíbrio) entra em disfunção devido a alterações químicas cerebrais que ocorrem em situações de ansiedade ou estresse intenso.
Segundo Nader, os sintomas mais comuns desse quadro são atordoamento, mal-estar, insegurança postural e sensação de instabilidade — “como se fosse cair se continuasse a fazer o movimento”. Esse tipo de tontura costuma ocorrer em ambientes com grande estímulo visual ou conflito sensorial (shoppings, feiras, supermercados) e pode estar ligado a fobias ou sensibilidade emocional.
O especialista alerta que além da vertigem fóbica, a tontura também pode estar relacionada a outras doenças psiquiátricas como depressão, transtorno bipolar, ansiedade ou pânico, o que reforça a necessidade de avaliação médica adequada.
A boa notícia é que existe tratamento: se for identificada uma condição vestibular ativa, ou mesmo este tipo de vertigem relacionada à ansiedade, há medicamentos e terapias que “trazem a química cerebral de volta ao lugar”, aliviam os sintomas e permitem vida normal, enfatiza Nader.