Tontura aguda e persistente tem nome — e quase nunca é labirintite

Fonte original: R7 — Saúde (04/07/2019)
Referência técnica: Dr. Saulo Nardy Nader, neurologista especialista em tontura e equilíbrio.

A tontura é um sintoma comum que atinge milhões de pessoas em todo o mundo, mas o diagnóstico de “labirintite” é, na maioria das vezes, incorreto. Segundo o neurologista Dr. Saulo Nardy Nader, a labirintite verdadeira é rara, e a maior parte dos casos de tontura e vertigem tem outras causas — especialmente relacionadas ao sistema vestibular.

“A labirintite real quase não acontece. A maioria dos casos de tontura é causada por outras doenças vestibulares, e não por inflamação do labirinto.”
Dr. Saulo Nader, neurologista

De acordo com o especialista, cerca de 70% dos episódios de vertigem — quando a pessoa sente que o corpo ou o ambiente está girando — são provocados por uma condição chamada Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB). Essa disfunção ocorre quando microcristais de cálcio do ouvido interno se deslocam para regiões onde não deveriam estar, enviando sinais incorretos de movimento ao cérebro.

“Esses cristais se movimentam com pequenas mudanças na posição da cabeça. O cérebro entende isso como rotação ou desequilíbrio, mesmo quando o corpo está parado.”
Dr. Saulo Nader, neurologista

A boa notícia é que a VPPB tem tratamento simples e eficaz. Em muitos casos, manobras realizadas no consultório reposicionam os cristais e aliviam os sintomas de forma quase imediata. Estudos indicam que mais de 90% dos pacientes melhoram logo na primeira sessão, sem necessidade de medicamentos.

“O tratamento é rápido, seguro e tem excelentes resultados. Em poucos minutos é possível restabelecer o equilíbrio e eliminar a vertigem.”
Dr. Saulo Nader, neurologista

O neurologista ressalta, porém, que nem toda tontura é vestibular. Existem mais de 30 doenças diferentes que podem causar o sintoma, incluindo alterações neurológicas, cardíacas, metabólicas e até psiquiátricas.
Entre elas estão diabetes, hipoglicemia, anemia, queda de pressão, ansiedade e uso de certos medicamentos. Por isso, é essencial que o diagnóstico seja feito por um neurologista ou otoneurologista.

“Tratar toda tontura como se fosse labirintite é um erro. É preciso investigar a origem do sintoma para oferecer o tratamento correto.”
Dr. Saulo Nader, neurologista

O artigo conclui reforçando a importância da avaliação médica especializada em casos de tontura persistente ou recorrente, especialmente quando acompanhada de sintomas como náusea, desequilíbrio, visão turva ou desmaios.

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